Passo despercebido, quem me vê, nunca me realmente vê, e quem não me vê, muito menos…
Sou alguém que anda à procura do seu canto, do seu lugar, mas não encontra. Talvez precise de ajuda, mas não tenho a coragem de a pedir.
Estou aqui, isolado, a enfrentar monstros só meus, dos quais, só eu sei da sua existência… Não me querem matar, isso para eles seria muito pouco doloroso; divertem-se a matar a minha sanidade, ao entrar em desespero, e assim, eu próprio me matarei lentamente… Quero uma morte rápida, indolor, mas tal desejo, para mim, não tem concretização…
Olho a minha volta, só vejo pessoas presas aos seus demónios, o da beleza, o do dinheiro, o da mentira, o do fingimento, o do amor, o do ódio… mas eles estão presos a estes demónios porque os querem, ou pelo menos os criaram. Eu não! Eles foram-me impostos, não tive escolha, não os criei, talvez os tenha evoluído, mas eles sabem que não sou o sua criador…
Será que há alguém assim? Alguém que se tenha libertado de monstros parecidos aos meus? Alguém que agora se possa considerar feliz? Não sei, mas tenho esperança que sim, que algum dia esse alguém, me ajude a sair da escuridão onde estou…
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