8 de abril de 2011

Memória.

Nem me lembro da última vez que me sentei nessa poltrona.
Agora percebo a quantidade de livros que juntei durante todos esses anos.
Juntei-os, lendo aquelas fantásticas histórias de amor, mentiras, mas que me faziam sonhar.
Mas a minha vida já acabou. Agora tenho tempo para ler tudo isso.
Tenho medo.
Se eu ler tudo, o que me restará?
Essa é a única coisa que me mantém perto de ti.
Apenas te quero a ti.
Não me lembro quando foi que sais-te de perto de mim e muito menos, quando as palavras de amor acabaram.
Levanto-me desta velha poltrona. Ela cheira demasiado a memórias. Observo em volta e vejo o livro que me deste.
Pedi-te para ficares do meu lado, perto de mim... Quando penso nisso, perco as forças, as lágrimas cor-de-sofrimento caem freneticamente pelo meu rosto.
Olho para trás, o tempo, eu mudei, tu mudas-te, mas o frio no peito é o mesmo de sempre
Seu ladrão de almas, eu amo-te odeio-te..

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