Todas as fantasias criadas poresta alternativa maneira de pensar, agora desabam. Todos os sonhos, todos os pesadelos, medos e conquistas, agora já não fazem sentido. Vejo-as. Vejo as sombras. Elas comunicam comigo. Aparecem, levando com elas toda a minha sanidade ainda existente. E agora, qual é o mundo real? O que sempre vivi, ou o que sempre me enquadrei? Agora, os cemitérios, jamais serão lugares silenciosos, jamais as noites calmas, embaladas pelo vento voltarão... Agora, apenas há gritos, choros e mortes... Esta sociedade alternativa que muitos querem ver e não conseguem, e que outros pedem com todas as forças para acabar, está diante de mim. Vejo-os. Andam por todos os lados, agora. A literatura fantástica passou tão rapidamente a factos quotidianos que nem sei ainda como lidar com eles. Eu, cujo em tempos fui o menino-prodígio, passando a menino-monstro, e mais tarde auto-intitulado de anjo sangrento, agora nenhum deles faz mais sentido. Estou perdido. As minhas asas não se erguerão mais. Não sei se conseguirei erguer o meu fraco corpo uma vez mais, e fugir... Quando é que verei o fim, desta horrível decadência emocional?
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