12 de abril de 2011

Noiva da Morte.


Um beijo frio e um abraço vazio. Um eco que vem das mais profundas masmorras das minhas memórias.
Desperta-me dos meus sofrimentos, enquanto as minhas forças desaparecem e o meu corpo perde vida.
A outrora água cristalina, torna-se turva, ensanguentada.
Água, lágrimas e sangue, aos poucos misturam-se.
Túmulos habitados por esperanças, onde rosas vermelhas crescem em desespero.
Naquele momento, origina-se a bênção de uma besta; a maldição de um Deus.
 A agonia estanca uma horrível hemorragia nos profundos cortes rasgados por aqueles dentes estranhamente sedutores e maléficos.
A dor é apenas uma saída.
E no final, na última gota, despeço-me de ti, Noiva da Morte.

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