Esta morte derradeira e penosa, delinquente e lúcida pousou-se em cada um de nós. Uniu os nossos corações numa só dor que se tornou dolorosa e inultrapassável.
Não é justo, muito menos correcto…
Podias descer como um anjo branco, gesticulando de modo brando, sussurrando casualmente, mas vinhas, vinhas por nós!
Tu, que provocas tudo isto, ouve a dor a escorrer pelo peito, sente as lágrimas que já não caem. Estulta morte, tu já és hábito, já és rotina, aposta na mudança, transforma-te. Eu sei tão bem que tu coabitas, que podes abalroar tudo e todos, eu e tu, nós e eles!
Tu não merecias, afinal, ninguém o merece.
Porquê sorrir? Porque sentir? Então, porquê viver?
Acredito que estarás reluzente a cuidar de mim, de nós, deles! Mesmo que a voz se cale com a morte o meu coração irá falar-te sempre.
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