14 de janeiro de 2011

Para te Ver Morrer.


O amanha antecipa a morte de hoje e talvez já não acorde e adormeça de novo para viver o meu sonho de Romeu e Julieta… 
As minhas lágrimas são lembranças que algures naquela manha me levavam a olhar o céu de uma janela imaginária para o meu mundo real…
 
A dissipação do meu sentimento leva-me a escrever de forma irreal,
 
As demonstrações de ódio e amor fundem-se em mais uma página do diário…
 
A fraqueza do meu medo leva-me a perguntar, que perfeito coração morreria em meu peito neste belo momento…
 
As palavras prendem-se e lágrimas mancham o papel de dor,
 
A despedida de alguém que se ama é se não a mais bela tragédia que posso descrever,
 
Não sei se é correcto dizer que este momento terá de nome despedida pois contigo irá tudo de mim…
 
Peço perdão por cada palavra não dita e por cada momento em que não estive contigo…
 
Nas palavras, o que é belo nunca morre mas contigo morreu a beleza de meus sentimentos,
 
Os meus sonhos se despedaçaram e se um dia eu não acordar fica sabendo que te amo…
 
Que mais belo coração poderia bater em meu peito se não o teu?
 
Nas tuas palavras eu não possuía tal órgão vital,
 
Em mim vias veias de puro ódio e um olhar de puro medo, medo de um dia sentir que te perdi…
 
Hoje sinto que te perdi,
 
A chuva cai neste preciso momento e uma vez mais da janela do meu quarto eu olho o céu,
 
Mesmo que a chuva passe, o meu olhar fixará o céu esperando ver aquele arco-íris negro que me levará ate ti…
 
Ilusões e fantasias de uma pobre alma, que descobriu o que era amar em tempo de cólera…
 
As palavras cessam sentimentos e aquela velha dor ergue-se de novo,
 
O coração entra em colapso e minhas veias enchem-se de ódio,
 
O massacre da minha cobardia desespera-me,
 
O silencio dá lugar aos gritos e o medo reveste o meu olhar,
 
A fé perde-se em quem nunca a teve,
 
A mutilação torna-se holocausto e o meu teatro de marionetas parece ruir a cada memória que tenho de ti…
 
Apenas me resta o suicídio do meu corpo em prol de minha obsessão,
 
Tal como um vampiro suicida em busca do seu vicio,
 
E é ao beber o sangue do teu cadáver morto em mim que eu morro contigo,
 
O teu sangue negro mistura-se no meu coração matando sua sede de te ter…
 
Palavras mostram-se inúteis face a tal sentimentos,
 
A morte ganha nova vida e a minha vida ganha nova morte,
 
Matando a minha esperança de te ter e ganhando nova força para te poder ver morrer…
Um dia iremos vaguear, juntos novamente.

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