A escuridão amanhece...
Os raios de luz negativa trespassam os vidros quebrados,
a sombra disfarça as paredes e a dor me desperta...
Meus olhos pintados de negro lentamente tentam romper entre a luz,
os gemidos ainda se ouvem num eco murmurante de agonia e desespero...
Os lençóis ensanguentados mancham o branco puro de luz,
meu corpo nu e frio esmorece lentamente...
A humidade do ar torna-se irrespirável,
a cada segundo a respiração torna-se vital,
estou morrendo entre 4 paredes...
Meu estado febril destorce a realidade,
risos e gritos parecem surgir das paredes vazias,
as vozes são diabólicas e sussurram palavras que não consigo decifrar,
a loucura parece me possuir até que escurece o amanhecer...
A porta abre-se entre a sombra mostrando a luz...
Tento me levantar mas as forças me abandonam e caio inanimado num espécie de coma imaginário...
Sinto frio...
Muito frio...
As vozes me despertam,
gritam,
sussurram...
Tento desesperadamente ouvir a tua voz entre elas,
elas tornam-se tão silenciosas e o ruído das maquinas mecânicas ouvem-se algures desta janela...
Aproximo-me e vejo o mundo que me torna doente mas...
As luzes artificias não me magoam...
Desorientado deambulo entre as ruas vazias de expressão,
sombras artificiais ganham rostos humanos cuja expressão é a de alguém que sorri doentiamente,
entre essa multidão de almas perdidas eu procuro desesperadamente o teu rosto e desespero por a tua voz...
As luzes apagam-se e encontro-me de novo entre estas quatro paredes,
a porta está selada,
talvez nunca tenha abandonado esta cela e a demência me tenha levado até essa linha sem fim...
Estou perdendo o controlo e o som da minha voz parece surgir como um grito silencioso que desespera por ajuda...
A lua parece ouvir o meu chamamento e surge no céu mais bela que nunca,
as estrelas no céu ardem como um fogo interior que me desperta os sentidos e me faz olhar um espelho que se fragmenta a cada mentira que vivo,
até que se parte em fragmentos luminosos de sonhos de quem antes costuma sonhar...
Desisto da vida e deito-me levemente esperando adormecer e não mais acordar,
as marcas dos estilhaços marcam-me a pele e a dor é a única companhia que me resta neste acordar para morte...
É nesta linha sem fim que o tempo e o espaço se cruzam e me despedaçam ao fazer-me assistir à paragem do meu coração...
Ele bate desesperadamente como se tivesse vontade própria,
uma vontade que não me move mas que me comove...
O frio congela-me e as minhas mãos abraçam-me e envolvem-me,
parece que sempre fui eu contra o mundo e agora é meu mundo interior que me corrói...
Oiço uma voz sussurrar no meu ouvido,
essa voz adormece-me e promete-me:
Os raios de luz negativa trespassam os vidros quebrados,
a sombra disfarça as paredes e a dor me desperta...
Meus olhos pintados de negro lentamente tentam romper entre a luz,
os gemidos ainda se ouvem num eco murmurante de agonia e desespero...
Os lençóis ensanguentados mancham o branco puro de luz,
meu corpo nu e frio esmorece lentamente...
A humidade do ar torna-se irrespirável,
a cada segundo a respiração torna-se vital,
estou morrendo entre 4 paredes...
Meu estado febril destorce a realidade,
risos e gritos parecem surgir das paredes vazias,
as vozes são diabólicas e sussurram palavras que não consigo decifrar,
a loucura parece me possuir até que escurece o amanhecer...
A porta abre-se entre a sombra mostrando a luz...
Tento me levantar mas as forças me abandonam e caio inanimado num espécie de coma imaginário...
Sinto frio...
Muito frio...
As vozes me despertam,
gritam,
sussurram...
Tento desesperadamente ouvir a tua voz entre elas,
elas tornam-se tão silenciosas e o ruído das maquinas mecânicas ouvem-se algures desta janela...
Aproximo-me e vejo o mundo que me torna doente mas...
As luzes artificias não me magoam...
Desorientado deambulo entre as ruas vazias de expressão,
sombras artificiais ganham rostos humanos cuja expressão é a de alguém que sorri doentiamente,
entre essa multidão de almas perdidas eu procuro desesperadamente o teu rosto e desespero por a tua voz...
As luzes apagam-se e encontro-me de novo entre estas quatro paredes,
a porta está selada,
talvez nunca tenha abandonado esta cela e a demência me tenha levado até essa linha sem fim...
Estou perdendo o controlo e o som da minha voz parece surgir como um grito silencioso que desespera por ajuda...
A lua parece ouvir o meu chamamento e surge no céu mais bela que nunca,
as estrelas no céu ardem como um fogo interior que me desperta os sentidos e me faz olhar um espelho que se fragmenta a cada mentira que vivo,
até que se parte em fragmentos luminosos de sonhos de quem antes costuma sonhar...
Desisto da vida e deito-me levemente esperando adormecer e não mais acordar,
as marcas dos estilhaços marcam-me a pele e a dor é a única companhia que me resta neste acordar para morte...
É nesta linha sem fim que o tempo e o espaço se cruzam e me despedaçam ao fazer-me assistir à paragem do meu coração...
Ele bate desesperadamente como se tivesse vontade própria,
uma vontade que não me move mas que me comove...
O frio congela-me e as minhas mãos abraçam-me e envolvem-me,
parece que sempre fui eu contra o mundo e agora é meu mundo interior que me corrói...
Oiço uma voz sussurrar no meu ouvido,
essa voz adormece-me e promete-me:
Não vais acordar...
Essa voz embala-me como uma mãe embala o seu filho,
essa é a voz que me leva a vida de forma tão bela...
A voz parece tão distante que apenas a consigo imaginar...
Essa voz murmura fobia...
Essa voz embala-me como uma mãe embala o seu filho,
essa é a voz que me leva a vida de forma tão bela...
A voz parece tão distante que apenas a consigo imaginar...
Essa voz murmura fobia...
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