23 de janeiro de 2011

Alívio.

 Estava indeciso.
Tinha de percorrer qualquer um daqueles caminhos.
Cada um deles estavam repletos de espinhos, que me perfuravam a pele.
Num acto de desespero, corria, sentido feridas abrirem-se na pele.
Sentia dificuldade em caminhar, tal era o tamanho daquelas plantas de dor.
Faltava pouco, não poderia desistir agora.
Avancei, tentei nunca desistir, além de durante alguns momentos tenha pensado em repousar ali e, apenas esperar que a morte se encarregasse do resto.
A coragem traria-me talvez mais tempo de vida e o medo tiraria-me talvez o que ainda restava.
Avancei.
Quando cheguei aquela pequena e depressiva estrada de pedra, deixei-me cair. 
Uma pequena lágrima escorreu pelo meu rosto e ouvia o meu coração vacilar como barulhos frenéticos de tambores. As minhas pernas tornavam-se aos poucos ensanguentadas.
Ali, deitado, dei valor à vida.
Sentia-me aliviado.



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