Hoje o amanhecer é cruel…
A realidade mostra-se uma vez mais crua e nua, face à imensidão de sentimentos que me dominam…
A esperança de si, a suposta ultima a morrer suicida-se hoje nas palavras que temia escrever…
As lágrimas já não suportam cair e o coração anseia parar…
A melodia do horizonte lembra-me a canção do meu belo funeral…
Esse labirinto de memórias mata-me e leva-me a deixar a vida tal como a conheço…
Fico só imaginando a bela canção,
O desejo que a vida termine mantém-se convicto face ao desejo de te ver…
O desejo morre virgem pois já nem a imaginação te retêm aqui…
Os pedaços de nostalgia notam-se no céu de antes púrpura…
A visão do fim leva-me a gritar sem que ninguém consiga ouvir,
Tento tocar o que acredito ser real mas a tua imagem desfoca-se no espelho da solidão mostrando-me só de novo…
As garras do medo levam-me a mutilar o espírito esperando que o corpo o acompanhe neste suicídio angelical…
Abandono a dor e deixo que a morte me ame,
Nos seus braços o frio é real,
O ódio percorre-me as veias e origina-se a violação do espírito…
O novo amanhecer já me trará morto e sobre mim ficaram as palavras que nunca direi a mim mesmo…
Sangue percorre-me,
Rodeia-me,
Inunda-me o corpo e a alma …
Nele, as palavras de suicídio começaram agora…
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