
O vazio que me preenche apodera-se de um sonho que nunca vivemos, apenas mais uma metáfora tornada ilusão…
Não vejo através da luz e a escuridão que me rodeia leva-me a silenciar a minha voz deixando apenas as lágrimas falarem por mim,
Este coma negro encerra as minhas mais sombrias esperanças nas minhas mais profundas memórias…
O caos vegetativo cria-se em mim, vozes sem rosto sussurram-me belas palavras mortíferas, palavras que desejava serem ditas por ti…
Aqui, onde a solidão se encontra como um clone de minha sombra; o desejo de desfalecer torna-se pecado, o abandono da vida face ao sentir leva-me a desejar que me mates antes que o faça de livre vontade…
Peço-te que suicides o meu amor por ti e que cometas um homicídio por mim…
Mata tudo em mim mas deixa apenas uns segundos da minha vida para que te possa ver uma vez mais…
Abraça-me e diz-me que o amor morrerá contigo e terá seu fim em mim!
Diz-me que me amas o suficiente para matar o meu coração e o despedaçar em pequenos fragmentos do que fui; do que fomos, eu e tu…
O desejo que me corrói leva-me a querer ver-te sofrer junto a mim.
A morte que anseio será o mais belo suicídio feito homicídio pois, suicidei-me no teu amor, morrendo nas tuas mãos, mas sobrevivendo no teu coração…
Em palavras eu serei o teu homicídio; e tu meu suicídio…
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