19 de março de 2011

Marionetas.


Nas minhas veias corre o ódio e a tragédia que antes convertia medo em lindas declarações de amor...
Hoje a vontade desfalece no sentido da vida,
A morte sorri sem precedentes,
Enquanto o coração se arrasta numa demanda apaixonante no qual eu me encontro encenando este teatro de marionetas...
É possível ver o seu sofrimento em cada lágrima que as imaginamos chorar,
É visível a dor em cada coração artificial que eles não possuem...
É apenas imaginação convertida em falsos batimentos cardíacos,
Uma encenação conturbada e corrompida em cada palavra deste sofrimento mudo onde o silêncio é o culminar das palavras...
Tudo começa pelo controlar da vontade dita “humana”.
Selvagens em metáforas e livremente decadentes em rimas e estrofes solitárias
São o desencadear da imaginação onde o limiar do limitar se torna constante,
Apenas o despertar da dor conduzido por aquele que já mais sofrerá...
Sobre cada palavra desferida, uma nova ferida se abre-se...
Em cada cicatriz de ódio uma nova memória encontra encontra-se...
São marcas feitas memórias onde com o sangue se escrevem histórias de coragem e dor,
São silêncios gritados algures entre o que fomos e o que hoje nos tornaram...
Os movimentos no horizonte são constantes,
Os movimentos do meu falso batimento cardíaco são inconstantes...
São danos colaterais sobre vidas artificiais...
Lágrimas mecânicas onde até o chorar é fingimento.
Os sentimentos são figurados, pois as marionetas não podem sentir, apenas fingir...
Imagina comigo,
Imagina que esta chuva de palavras te pode tocar,
Molhar o teu rosto e chorar comigo,
Imagina que ela nasce algures da tua imaginação,
Deixa que ela corra nas tuas veias repletas de veneno tóxico cujo nome é amor,
Liberta as correntes que te prendem e perde-te em cada verso onde hoje és domador de marionetas...
Marionetas sentimentais que assombrosamente encenam contigo o teatro da vida e da morte.

Sem comentários: