2 de março de 2011

Indignação.

Vou avançar..

Esquecer o ser programado que me quiseram tornar.
Esquecer o tempo em que pensar se chamava tradição.
Vou avançar pelo caminho que devo e não pelo que é conveniente.
Vou escolher o caminho da liberdade e não o caminho “humano”.
Recuso-me a ser apenas mais um.
Recuso-me a aceitar tudo sem perguntar a mim mesmo porquê.
Recuso-me a aceitar o caminho do destino.
Quero existir como sou, não quero ser produto de algo.
Apenas quero ser livre.
Todos dizem que têm sonhos..

Mas se vocês aceitam o caminho “humano”, o caminho do destino, como podem sonhar?
Sonhar para que? Não é o vosso destino que já está traçado?
Não será isso apenas uma desculpa para o fracasso?
Eu escrevo estas palavras para me libertar de um mundo que não é o meu.

Não escrevo porque o destino assim o predestinou.
Recuso-me a aceitar que sou uma marioneta.

Prefiro as lágrimas do fracaso ao sorriso das desculpas.
Prefiro o sangue das quedas em vez do agarrar constante aos dogmas.

Simplesmente prefiro existir...
É pedir muito num mundo de superficialidades?
Num mundo de decadência constante onde sonhar se confunde com barras de ouro?
Onde ilusões se confundem com materialismo?
E onde simplesmente existir enquanto ser individual ficou esquecido?
É isto que me recuso ser,
Uma produção humana em série.

Um produto de uma sociedade materialista, maquinista, e inexistente.
Uma personagem de um qualquer livro chamado Destino.

Eu sou eu.
E enquanto respirar a minha individualidade, existirei.
E farei o verdadeiro mundo existir.



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