Eu sou um pecador. Desde sempre, trajei caminhos na escuridão da noite, que outros jamais passariam durante o dia. Eu sou o pecador sem nome, aquele que inventa suicídios e comete homicídios. Aquele que faz da vida um horror gótico, aquele que sonha com bonecas malditas, anjos amaldiçoados e demónios devorando deuses. Só, rodeado de estranhas árvores melancólicas, de corvos sedentos e corpos enterrados, folheio o livro das minhas memórias. A raiva devora-me, o sangue salta do meu pulso, manchando o chão, originando o derradeiro pecado. Sou apenas um pecador, cujo lugar no inferno está há muito reservado.
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