21 de março de 2011

Habitação.

Cada vez mais neste mundo, sinto-me preso. Acorrentado. Não me deixam sonhar, não me permitem alcançar os meus objectivos. As asas já não se mexem, e a minha mente, essa, abandonou-me à muito. Agora, sinto-me novamente sozinho. No final da minha história, desta épica e horrível passagem pelo mundo humano, não passará de memórias; tal como todas as outras passagens, por todos os outros mundos. Estou só, nesta sala fria, com um chão axadrezado e com uns medievais cortinados vermelhos. A única decoração visível na sala era um antigo piano no centro, uma cadeira - onde estou sentado -, e as paredes revestidas de estantes com livros dos mais diversos temas. Fico ali, sentado, a tocar, deixando a musica embalar-me. Aquela balada mortífera, a cada nota mata-me. O meu coração, parava de bater aos poucos. 

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