Consegues ouvir-me?
Grito pelo teu nome...
Não sei quem és nem onde te encontras mas se me ouves grita para mim, imploro-te…
Apenas mais um buraco negro na felicidade separa-me do holocausto de minha mísera existência,
A solidão aproxima as paredes da minha prisão mortuária e me enclausura em minha sede de ódio…
Peço-te que me salves de mim mesmo e grites para que não me veja só, não morra só…
As palavras tornaram-se eco neste lugar vazio,
Gritos silenciosos emergem e submergem em toda a minha vontade de gritar…
Apenas vozes me inquietam,
Apenas vozes e ruídos no meu coração,
Como posso eu sucumbir a demência e paranóia do meu medo?
Se me ouves gritar então grita para mim,
Diz-me que não estou só…
A sombra aproxima-se e a escuridão sufoca-me,
Estou à deriva em mim mesmo…
Salva-me...
Impede que minha alma se torture e que meu corpo se mutile,
Impede-me de cair no esquecimento…
Eu ainda te consigo sentir…
Salva-me…
Desisti dos meus sonhos.
Já não passo mais de simples memórias que serão apagadas pelo tempo.

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