7 de fevereiro de 2011

Humilhações.

A vida desgasta-nos a alma enquanto no corpo as marcas da realidade se tornam dolorosas a cada olhar sobre elas...
O passado vive presente a cada flash de memoria onde a humilhação vive nos meus olhos...
No meu olhar a agonia dá lugar ao sofrimento que me é imposto a cada sentimento humano,
atrás de cada porta aberta um rosto vazio espera-me e um riso surge,
a cada esquina uma nova batalha,
a cada segundo a diferença será paga com o meu sangue...
Nada disto passa de uma existência caótica,
o sofrimento existe para que agora conte esta bela humilhação de mim para mim...
É tão belo o sorriso fingido e as palavras ocultas nele onde o "odeio-te" é me tão familiar...
Tão familiar que me faz chorar...
As batalhas de antes tornam-se num jogo mortal onde hoje aposto a minha vida nele,
a mentira,
a bela mentira torna-me frio ao apostar memorias num jogo de vida ou morte onde eu espero perder e assim morrer...
O silêncio dos meus gritos torna-se belo, pois o sofrimento não é fingido mas todos me olham, consomem-me e despertam-me o ódio...
A vida torna-se patética e o viver agoniante,
é uma bela negação de quem vê a vida como um puzzle onde faltam as peças de felicidade e restam apenas as de ódio...
O ódio de quem detesta a humanidade e as patéticas marionetas de que dizem ser de “deus”...
O rio da vida corre agora em tons de encarnado pois os anjos são mutilados e seu sangue corre agora nesse rio infernal...
As lágrimas que antes de mim caíam são agora choradas por um coração feito de sombra,
ele bate de forma negativa onde a beleza da mentira se torna uma bela negação de quem vive para sofrer...
O medo...
Sinto-o a cada esquina,
A cada batimento.
É do medo para o medo que me entrego e me perco para nunca mais me encontrar...

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